Formigas assassinas de Buenos Aires

9.1.18

Imagem por Henrique Félix, sob licença Creative Commons.

Terça-feira tinha de tudo para ser um dia lindo de despedida.

MAS NÃO QUANDO A VIDA RESOLVE ZOAR COM A SUA CARA MAIS UMA VEZ!

Tudo bem, não foi um dia tão xexelento quanto o da outra vez, mas teve lá suas desgraças que me trouxeram até esse post. Então vamos lá, não é mesmo? Afinal, quem não adora uma desgraça alheia?

Terça-feira, dia de sol gostosinho e um ventinho maroto para refrescar todas as circunferências do meu corpo (um extra de bochechas incluído no pacote). PARECIA um dia normal e lindo para ir à faculdade e botar essas pernocas de palmito para fora.

SÓ QUE ERA TUDO ILUSÃO MESMO.

Acordei bela e plena, mega animada para a última aula de neuro. Peguei o búzios até a capital e tudo estava indo na maior belezinha possível (mesmo com o popô quadrado de uma hora e meia sentada). Estava tão otimista e alto astral que até pensava em passar no Starbucks, depois da aula, para tomar um Frapuccino de Caramelo antes de voltar para casa.

Rio ou lago? (Hehe, piadinhas à parte). RIO AGORA OU MAIS TARDE?

Entrei no metrô já sabendo que a velocidade era “indo quase parando”, até que percebi que o motorista resolveu mudar para “parando quase indo”. Respirei fundo e tentei não entrar em pânico por causa do horário, queria chegar na hora certa para a minha última aula amada (oh neuro, leve minha alma, me encha de sabedoria, eu deixo). Olhei para o relógio e me acalmei porque tinha tempo de sobra, a única coisa que me restava era olhar para o nada ou para as pessoas dentro do vagão lotado.

Eu não sou o tipo de pessoa que curte usar celular na rua. Paranoia? Talvez... Medo de ser roubada? Com certeza! Por isso resolvi bizoiar o povo mesmo! Algum problema? 

É até engraçado como você consegue notar diferenças culturais só com o olhar, as roupas, maquiagens etc etc... Estava tudo bem, mais da metade das pessoas com celulares na mão, outras com livros e algumas com aquele olhar vazio congelado. Até que eu vi um cara que me deixou muito, mas MUITO desconfortável, aquele tipo de gente que deve pensar que está na sala da própria casa, que não tem modos ou semancol, uma falta de vergonha na cara! Fiquei extremamente inconformada. Mas vamos falar disso depois, porque o post é sobre coisas azarosas que acontecem diretamente comigo e não sobre atitudes nojentas de outras pessoas (deveria fazer um post reservado só para isso).

ENTÃO SEGUIMOS COM A DESGRAÇA ALHEIA.

Sabe-se lá o motivo, mas o metrô parou em Bulnes e ficou lá por uma ETERNIDADE! Quase como se dissesse (leia com voz de pessoa de propaganda): Chegou atrasado? Não tem problema não, eu não vou para nenhum lugar mesmo e olha só minhas portas abertas para você! É só entrar e se converter em mais um dentro dessa lata de sardinha humana! Última oportunidade.

Depois de quinze, isso mesmo, QUINZE FUCKING MINUTOS parados em uma estação, a porta fecha e começa a andar. Eu já estava até pensando em descer e ir andando até a linha amarela, porque minha neurose de chegar na hora certa estava começando a aflorar, deveria estar com os olhos esbugalhados e babando já, igual a uma cachorra louca.

Mas respirei fundo, fiz meus cálculos e poderia chegar a tempo. A porta abriu e, senhoras e senhores, continuou ABERTA! Ficamos em Agüero por um pouco mais de cinco minutos, eu já estava me coçando, queria arrebentar a porta e sair voando para a faculdade, mas sabia que seria pior, porque desceria em uma estação qualquer, em um lugar qualquer e a única certeza que teria, era que eu me perderia. Imagina só se eu paro no meio de uma manifestação? Não voltaria para casa viva. Então, fiquei ali sentadinha esperando a boa vontade do metrô. E o mais esquisito disso tudo, é que não havia nenhum aviso, nenhuma daquelas vozes mecânicas que eu nunca entendo nada e que dão um milhão de informações importantes (de onde será que eles tiram a voz dessa mulher? Parece que é sempre a mesma em todos os metrôs do mundo, e em todos eles você não entende nada).

Cheguei em Pueyrredón e fui correndo para a linha amarela. Depois disso, tudo parecia bem, tirando o fato que eu tinha dez minutos para chegar até a faculdade e eu geralmente demorava quinze... Não parei no banheiro do metrô depois daquele acidente da outra vez e voei. Juro que dei umas corridinhas no meio da rua.

Olhava para os lados, via se não tinha ninguém me olhando e dava uma corridinha, as batatas da perna doíam e aí eu andava normal, depois dava uma corridinha, dava uns pulinhos na hora de descer da calçada e atravessar a rua. Era a própria Mario, só faltava uns canos e umas tartarugas malignas.

Cheguei à faculdade bem em cima da hora, girei a cabeça desesperada procurando pelas minhas duas abiguinhas argentinas e lá estavam elas sentadas no canto da sala. Passei pela fileira tentando não dar uma mochilada na cara de ninguém e notei que as bonitas sentaram no pior lugar do mundo. Nós três, com todo o nosso glamour, estávamos sentadas bem debaixo do alto-falante. Juro que queria soltar um: “no boluda, mirá lo que hay arriba de nosotras”.

Até pensei em mudar de lugar, mas todo os nerds (eu incluída) já estavam ocupando todas as cadeiras da frente que tinham mesa para apoiar. Era isso ou ir para o fundo, não ver nada e não ter onde apoiar o caderno. 

Obrigada, mas não obrigada.

O professor começou a aula e então eu percebi que a minha altura de anã não permitia que eu visse o telão, uma menina que estava a umas duas cadeiras de distância cobria metade dele e do ângulo que eu estava, o prof. cobria a outra. Ê beleza, isso sim que é uma última aula de neuro maravilhosa! Vou sair surda e com torcicolo de tanto fazer a cobrinha para tentar ver algo do powerpoint.

Só que nada disso mais importou quando o professor começou a explicar a matéria, eu estava tão animada que parecia um cachorrinho que acabou de ganhar o maior osso da sua vida, só faltava balançar a raba, mas a gente deixa isso para quando eu for arrasar no just dance now aqui em casa.

E para terminar a aula com chave de ouro (mais para chave de biju que deixa até mancha cinza na pele), o professor se confundiu com o horário e terminou a aula uma hora antes! Isso porque ele falou “acho que não vai dar tempo para passar o vídeo das afasias”. E quem era eu para avisar que tínhamos uma hora sobrando, se o povo todo já estava indo embora? Certeza que se eu o avisasse, jogariam pedra em mim!

Fiz como todos os outros e saí, comi com las chicas e fui sozinha até o Starbucks pensando que o dia de azar havia acabado. Aproveitei, vi uns livrinhos, escrevi um pouquinho... Meu tempinho ali rendeu essa fotinho aqui.

Uma publicação compartilhada por Ayumi Teruya (@pandinando) em


A própria blogueirinha né gente?

Saí de lá contente, poderia saltitar e cantar para os passarinhos como a própria Branca de Neve (branquela de cabelo preto já sou, só falta trocar a voz de gralha). Fui caminhando até o ponto de búzios, para a minha felicidade, havia dois Chevalliers parados ali, esses ônibus de viagem enorme com ar condicionado e poltrona reclinável. Eu estava no paraíso!

Entrei, me acomodei o melhor possível e fechei a cortina já me preparando para o meu soninho da beleza. Mais pessoas entraram, mas o ônibus não ficou cheio já que havia um vazio logo atrás desse.

Dormi, dormi, dormi e dormi até que paramos. Pensei que era por causa de um semáforo ou trânsito mesmo, até que eu escuto uma senhorinha (sempre é uma senhorinha que fala primeiro, né?).

— iAy, pero será posible!

Abri os olhos já procurando pelo acidente na estrada e quando eu olho para frente, o motorista não estava. Pronto! Fugiu, renunciou essa vida, tá passando mal, vai largar a gente no meio da estrada. Nem sei onde estou! Vou ter que pedir carona para chegar em casa, será que alguém pararia para uma pessoa com cara de dez anos sem ter intenções de sequestro?

Então o motorista sobe e para no corredor.

— Se rompió el micro.

Pronto. Ferrou-se tudo. Adeus vida, vou virar mendiga no meio da estrada, aprender a viver com os lobos, caçar minha própria comida no matagal da estrada.

Eu não sabia o que fazer. Não sabia se descia do ônibus ou se ficava ali como uma meia dúzia de senhorinhas que simplesmente ignoraram e continuaram a dormir. Juntei minhas coisinhas, abri a janela e lá estava o povo do ônibus sentado na grama e outras pessoas de pé mesmo. Arrumei a minha cadeira e desci, quem sabe mandariam outro ônibus para a gente.

Peguei meu celular e liguei para o meu padrasto argentino, não fazia a mínima ideia de onde estava, olhei ao redor procurando algum ponto de referência, sinal de fumaça, uga buga. Arrumei os óculos e tentei entender o que eram esses lugares que pareciam galpões, havia umas fábricas ao longe e, sem muito esforço, consegui enxergar uma placa que dizia FORD. Meu padrasto me atendeu e expliquei que estava à deriva, perto de um lugar com uma placa gigantesca da FORD (até porque, se eu míope consegui ver, a placa com certeza deveria ser grande). Ele falou para eu esperar um pouco e ver se algum ônibus apareceria e qualquer coisa viria me buscar. Belezinha, desliguei o telefone e vi que outras pessoas estavam ligando para táxis e ubers, mas eu não estava podendo não. Money que é bom nois não have.

Fiquei impressionada com a quantidade de gente que se sentou na grama, estavam aí de boas como se estivessem tomando sol em um parque, e não era só jovem não! Tinha gente bem mais velha ali. Só faltava trazer uma toalha quadriculada e comida, pronto, virava um piquenique comunitário.

Uma mulher virou para mim e perguntou:

¿Y ahora, qué hacemos cuando eso pasa?

— Seguro que van a mandar otro micro — respondeu uma senhorinha que estava de bituca na conversa. Ainda bem, porque eu não fazia a menor ideia, vai que aqui eles resolvem as coisas de forma diferente e eu passo informação errada?

Então ficamos ali esperando, me mexi um pouco para me afastar do mato que pinica e então senti algo como se fosse um choque no meu pé, uma dorzinha bizarra que eu nunca havia sentido antes, segundos depois era como se várias agulhas estivessem perfurando a minha pele de uma vez. Beliscões fortes e uma ardência que fez com que eu visse estrelas piscarem diante dos meus olhos. (Só aí entendi porque usam isso nos desenhos quando o personagem está com uma dor extrema).

Até cheguei a pensar que as veias do meu pé estavam estourando de uma forma bizarra, um tipo de má circulação ou formigamento dolorido. Olhei para baixo e aí veio o meu desespero. Havia um mooooonte de formigas pequenininhas e pretas no meu pé, todas elas estavam me picando sem dó e nem piedade.

O que eu fiz para vocês, formigas argentinas desgraçadas? Eu pisei em vocês? Na sua casinha? Na sua folhinha de almoço? Não!

 Já sei o que foi... juro que nunca mais faço a piada da fumiga! Me perdoem!

Duas formigas japonesas se encontram e uma pergunta para a outra.
— Qual o seu nome?
— Fu.
— Que Fu?
— Fumiga. E você?
— Ota.
— Ota o quê?
— Ota Fumiga.

Chacoalhei o pé, me agachei e tirei todas aquelas malditas que continuavam me picando. Foi uma dor tão forte que eu nem consigo explicar aqui, talvez se assemelhe com a dor de quando crush não corresponde e saí com aquelazinha que você não suporta #boladona.

Olhei para o lado e lá estava vindo um Chevallier, o mesmo que estava parado atrás do meu lá no ponto de ônibus. Estava desesperada para tirar aquelas formigas e percebi que uma menina estava pior do que eu. Ela usava um chinelo e eu uma sapatilha, as formigas haviam picado só a parte de cima do meu pé, mas a coitada estava sendo picada por todos os lados!

O pior de tudo isso é que não estávamos em cima de um formigueiro, não fizemos nada para essas formigas malditas e o povo que ESTAVA SENTADO NA GRAMA não foi atacado por elas! Acho que elas não gostaram de mim e nem da menina. Ou talvez sejam formigas canibais que se alimentam do sangue de jovens donzelas (ok, exagerei, exagerei...).

Chacoalhei o meu pé tirando o máximo de formigas possíveis e fui correndo para o ônibus que havia chegado, queria ir logo para casa e não ficaria ali com as formigas esperando um outro ônibus vazio que eu não fazia ideia de quando chegaria. Subi e vocês não sabem! As malditas estavam escalando as escadas desse ônibus! Lá estavam elas nos degraus, procurando sua próxima vítima, como se já soubessem que ali teriam um banquete. Quanta amargura no coração para formiguinhas tão pequenas. 

Senti mais algumas picadas enquanto andava, dessa vez um pouco mais perto da sola do pé, com certeza algumas conseguiram escapar dos chacoalhões e entraram no meu sapato.

Fui até o fundo do busão porque já não havia lugar, me apoiei na porta do banheiro que ninguém nunca usa e tirei o sapato chacoalhando os cadáveres das formigas e matando as que estavam vivas. Meu pé inteiro ficou coberto por manchinhas vermelhas e me desesperei mais. Eu nunca havia sido picada por formigas, não sabia se poderia ser alérgica ou algo assim, nem sabia se essas pestilentas tinham algum tipo de toxina. Pronto, meu cérebro já estava me sabotando, ter criatividade tem as suas desvantagens às vezes...

Alguns segundos depois veio a coceira. Aí fiquei pensando: G-zuis, e se for igual ao mosquito barbeiro? Que você coça e pimba, pegou a doença pelas fezes que entraram na picada. É... olha o tipo de coisa que passa pela minha cabeça, às vezes nem eu entendo. Alguém me acode!

Fiquei ali imóvel sem coçar, depois de algumas paradas arranjei um lugar no fundo com uma cadeira “quebrada”, o problema dela era que eu não podia regular a inclinação, nada que me incomodasse já que eu costumava deixar assim para tirar a minha sonequinha. MAS EU NÃO CONSEGUIA TIRAR UMA SONEQUINHA. Porque o meu cérebro estava a mil e meu pé praticamente pulsava por causa das picadas.

Peguei o meu celular e gastei meus nove pesos diários para pesquisar sobre picada de formiga. E aí já viu né, cada coisa que tem nessas internets da vida que você até se assusta com tanta desgraça. Depois de ler bem, eu fiquei mais tranquilinha e torci para que eu não fosse alérgica.

Consegui chegar em casa VIVA (talvez um pouco mais vermelha e inchada nos pés). Depois de enfrentar um metrô zoado com um homem desagradável, uma aula ensurdecedora que acabou mais cedo, um ônibus quebrado e formigas assassinas. Eu estava VIVA!

Acho que eu não tenho só que jogar uma aguinha benta, tenho que entrar em uma banheira cheia de água benzida para ver se a zika resolve ir embora. É cada coisa viu...
...
A partir daqui o post fica sério, se você não quiser ler, tudo bem. Mas eu precisava comentar sobre isso, porque às vezes a gente deixa a zoeira de lado para falar sobre coisas importantes.

Voltando para o carinha do metrô. Eu não faço a mínima ideia do que estava acontecendo e nem quero saber o que ele estava vendo naquele celular. Só sei que ele ficava tocando nas partes íntimas o TEMPO TODO. Poderia ser coceira, sarna, alergia, micose? Sim, mas juro que não parecia ser nada disso (se é que você me entende, não vou descrever a cena aqui) e ninguém mais ao redor demonstrava estar incomodado. Eu estava irritada com a falta de vergonha daquele cara, ele até tentava disfarçar um pouco, mas não era nada eficiente, continuava tocando nas partes íntimas por cima da calça. Agradeci por ele estar bem longe de mim e também por não assediar nenhuma mulher, só estava ali no cantinho sendo desconfortável e esquisito. Mas mesmo assim era um incômodo, uma falta de respeito.

Enfim, até agora não entendo qual é o problema de certos homens do mundo inteiro, não estou dizendo que são todos iguais, isso nunca, mas há um certo grupo preocupante. O que se passa na cabeça deles? Por que eles se acham no poder de desrespeitar, assediar e até mesmo estuprar mulheres? Como conseguem ser tão imbecis? (Para não dizer algo pior). Existe tanto assédio sexual nesse mundo e, o pior de tudo, alguns desses casos seguem impunes. Talvez seja exatamente por isso, essa impunidade faz com que certas pessoas achem que o mundo é igual a sala da casa deles, que podem sair fazendo o que querem e desrespeitando todo mundo.

A nossa sociedade já avançou tanto, olha o quanto já evoluímos dos anos 90 para cá! Nós mulheres já conquistamos muito, mas ainda continuamos com medo de sair na rua sozinhas por causa de caras como esse e vários outros piores. É como se em um momento nós conquistássemos nosso direito ao voto, lugares no mercado de trabalho, autonomia e de repente voltássemos para a época das cavernas onde os homens selvagens faziam o que queriam, como se só servíssemos para a reprodução, como se virássemos objetos. Ainda temos muito mais direitos para conquistar.

Esse foi o dia em que eu só fiquei desconfortável, mas poderia ter sido pior e não só comigo, com outras pessoas que estão por aí, e não deveria ser assim... A cada momento no mundo estão acontecendo casos de assédio, abuso, CRIMES. Temos que nos unir e apoiar-nos, lutar pela justiça, mudar o pensamento de que a culpa é "sempre da mulher" (como se nós pedíssemos para passar por essas situações horríveis ¬¬'), devemos ensinar nossas crianças a respeitarem a todos, inclusive às mulheres. Sei que não podemos mudar o mundo da noite para o dia, é um trabalho de formiguinha que deve ser feito a diário para que coisas assim não voltem a acontecer com mais ninguém.

Bom, é isso gente, nos vemos na minha próxima aventura por Buenos.

Dicionário argentino:
Boluda (quando usada de maneira negativa) – idiota, estúpida, besta, babaca.
Las chicas – as meninas.
Micro – ônibus de larga distância.

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2 comments

  1. Pense em alguém que riu com a sua saga! aushuahsuahsuah Desculpa, amiga, mas é engraçado! Tem dias que a gente sempre se pergunta pq saiu da cama. No fim, pelo menos rendeu uma crônica maravilhosa, né?
    E sobre esses caras, tenho nojo profundo deles. ¬¬
    É difícil lidar com isso.

    Beijos,

    Algumas Observações

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    1. Pode rir shaushauhsa Eu mesma ri quando estava lembrando! É cada coisa viu? Pelo menos eu sempre chego em casa viva! \o/

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